Hipertensão renal: o que é, causas, diagnóstico e tratamento

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Você já ouviu falar em hipertensão renal? Pois deveria. A condição é parecida com a hipertensão clássica (a elevação crônica e perigosa da pressão arterial), só que, nesse caso, começa nos rins para só depois repercutir no resto do corpo. Estima-se que até 10% dos hipertensos estejam nessa categoria.

Tudo começa com uma espécie de alarme falso. Explicamos: além de filtrar o sangue, o rim detecta diminuições em seu fluxo. Quando elas ocorrem, trata-se de uma situação de provável emergência, como uma hemorragia, por exemplo. Daí, o órgão passa a secretar renina, um hormônio que leva ao aumento de outro, a angiotensina 2, na circulação.

Nos rins, a tal angiotensina 2 comprime os vasos para reduzir a produção de urina e, assim, poupar o máximo de água possível. Já no sistema nervoso simpático, que controla batimentos cardíacos, respiração e afins, ela contribui para elevar a pressão arterial. É um movimento necessário para garantir o abastecimento de sangue quando ele está ameaçado.

“Só que, na hipertensão renal, isso acontece sem motivo aparente, quando não há uma urgência real”, diferencia Eduardo Colombari, fisiologista da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O alarme, emitido de maneira constante pelos rins para o resto do organismo, faz com que a pressão arterial suba cronicamente sem necessidade.

As causas da hipertensão renal

A ativação anormal do sistema renina-angiotensina, nome técnico para essa atuação em conjunto dos hormônios, costuma ocorrer quando há uma obstrução na artéria renal. A maior responsável por isso é a aterosclerose, um entupimento provocado pelo depósito das placas de gordura na parede dos vasos.

O processo está ligado ainda à hipertensão essencial – também chamada de primária, quando não é possível estabelecer uma única causa para a doença. Idade avançada, tabagismo, obesidade, diabetes e colesterol alto são fatores de risco para ambas essas encrencas.

A saúde renal é outro ponto de atenção. “Distúrbios que atacam os rins, como a doença renal crônica ou mesmo cálculos e nefrites que evoluem para uma inflamação permanente no local, podem levar ao quadro”, pontua Colombari.

Fonte: ?saude.abril.com.br

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