Médico da Prorim coordena na UFBA estudo internacional sobre doença renal associada ao gene APOL1

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O Hospital Universitário Edgard Santos (Hupes-UFBA) está participando de um estudo clínico que envolve adultos e crianças com doença renal proteinúrica mediada pelo gene APOL1. A Pesquisa é conduzida na Unidade de Gestão da Pesquisa (UGPESQ), com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e sob responsabilidade do médico nefrologista Antônio Raimundo Pinto de Almeida.
A doença renal associada ao APOL1 ocorre em pacientes que apresentam duas mutações específicas, chamadas G1 e G2. Essas alterações genéticas estão relacionadas à progressão da Doença Renal Crônica (DRC) e a diferentes condições, como nefropatia induzida por interferon, nefropatia associada ao HIV, nefrite lúpica, glomeruloesclerose segmentar focal, entre outras formas de doença renal não diabética.

Recentemente, pesquisadores reuniram-se nos Estados Unidos para discutir o andamento do estudo clínico. Os centros de pesquisa brasileiros se destacam entre os chamados Top Enrollment, ou seja, aqueles com maior número de pacientes incluídos no estudo.

Segundo Dr. Antônio Almeida, pesquisador responsável, “o Brasil por ser um país de grande densidade demográfica, com elevada incidência de doenças e uma população miscigenada, especialmente na Bahia, onde há forte presença de ancestralidade africana, tem um enorme potencial para contribuir com o desenvolvimento desse estudo clínico”.

Indivíduos de ascendência africana apresentam maior risco de desenvolver doença renal, geralmente com evolução mais agressiva e rápida progressão para Doença Renal em Estágio Terminal (DRET), quando comparado a indivíduos sem essa ancestralidade. Estima-se que a presença de duas mutações do gene APOL1 explique até 70% dos casos de doença renal não diabética, aumentando o risco de 3 a 17 vezes. Os efeitos dessas mutações podem surgir ainda na infância, frequentemente manifestando-se como proteinúria resistente ao tratamento.

O estudo segue com recrutamento aberto. Para participar, as pessoas voluntárias devem preencher os seguintes critérios: ter diagnóstico de Doença Renal Crônica, ter entre 12 e 65 anos, apresentar taxa de filtração glomerular estimada (eGFR)  ≥ 25 e < 75 ml/min/1.73m² e proteinúria ≥ 0.7g/g e < 10g/g.

Pessoas interessadas na triagem genética para o APOL1podem entrar em contato pelos telefones: (71) 99112-6993/ 99107-5252/ 3646-3770.

Fonte: Notícias Intranet – Hospital Universitário Professor Edgard Santos

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