Câncer de rim: é preciso descobrir no início

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Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados 600 mil novos casos de câncer em 2018 no Brasil, sendo que os tumores de próstata nos homens e de mama nas mulheres, mais uma vez, devem ser os mais frequentes, seguidos por intestino, pulmão e colo do útero – além do câncer de pele não melanoma, responsável por aproximadamente 165 mil novos casos. Os tipos menos incidentes corresponderão, juntos, a cerca de 41 mil casos, incluindo o tumor que afeta os rins, e é chamado também de carcinoma de células renais. Esta doença ganhou visibilidade recentemente no país ao ter sido explorado na novela O Outro lado do Paraíso, da Rede Globo, em que a personagem Adriana, vivida pela atriz Julia Dalavia, sofre desse tipo de cancro.

De acordo com o oncologista Fernando Maluf, do Instituto Vencer o Câncer, apesar de não existirem causas comprovadas, fatores como idade avançada, tabagismo, obesidade e histórico de doença renal (como cálculo ou cisto) são considerados risco para o surgimento do carcinoma de células renais. "O câncer de rim não tem um fator causal dominante, como é o caso de pessoas fumantes que apresentam risco significativo para câncer de pulmão, por exemplo. Por isso, é difícil estabelecer estratégias para sua prevenção", afirma o especialista.

Outro desafio dessa doença é que ela é silenciosa, não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais, fazendo com que muitos pacientes descubram o tumor por acaso – ao fazer um exame de ultrassom, num check-up de rotina ou para investigar suspeita de cálculo, por exemplo. Com isso, grande parte dos diagnósticos é feita com a doença em estágio avançado ou após sofrer metástase (se espalha), quando as chances de cura são menores. "É fundamental estar atento a qualquer sinal atípico, como perda de peso repentina, febre intermitente, fadiga constante, dor abdominal ou lombar e presença de sangue na urina. A presença desses sintomas requer uma análise aprofundada de um especialista", alerta o médico.

Fernando Maluf diz ainda que existe formas de se fazer um diagnóstico mais preciso e que os tratamentos também se modernizaram. A cirurgia, indicada para casos em que o tumor é descoberto precocemente, não é recomendada para os pacientes em estágios avançados ou que apresentam metástase em outros órgãos. "Os tumores de rim não costumam responder bem aos tratamentos oncológicos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. Assim, o mais importante é amenizar os sintomas e retardar as complicações. Para isso, uma boa opção é optar por uma medicação oral que seja eficaz, mas que também tenha boa tolerabilidade, prezando pela qualidade de vida do paciente", completa o especialista.


Fonte:www.revistaencontro.com.br

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